Um evento de
acolhimento foi realizado ontem à tarde (11) em Garanhuns, para recepcionar os
10 profissionais da primeira residência multiprofissional, do Brasil, em Saúde
da Família com ênfase em Saúde da População do Campo. Os profissionais de saúde
estão atuando desde a última quarta-feira (06), no sítio Estivas, nas
especialidades de educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, medicina
veterinária, nutrição, odontologia, psicologia, serviço social e terapia
ocupacional.
Este programa em
Garanhuns, que é o primeiro do Brasil nesta modalidade, visa superar a
invisibilidade e negligência histórica da saúde da população do campo. No
encontro foram apresentados, aos profissionais, a rede de atenção à saúde de
Garanhuns, os serviços de saúde e como eles se articulam, como é a cobertura da
Atenção Básica no município, como funcionam as articulações de rede e quais são
os programa de saúde, existentes no município. A residência em Garanhuns irá,
além de oportunizar uma qualificação profissional aos residentes, beneficiará a
população rural do município, visto que essa é a parte da população que possuem
um déficit maior na área da saúde.
A Unidade Básica de
Saúde (UBS) do sítio Estivas, o qual está sendo beneficiado com os novos
profissionais, atende mais de 700 famílias. Uma das coordenadoras da Atenção
Básica, Fabíola Lins, fala sobre a residência. “Além de ser zona rural, onde o
acesso aos serviços de saúde é mais difícil, ter profissionais trabalhando mais
próximo dessa população, beneficiará na identificação das situações de saúde e
irá potencializar, propor e implementar a resolução dos problemas de saúde. O
programa é uma formação de pós-graduação para estes profissionais.
O programa é
coordenado pela Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Garanhuns, em parceria
com a Secretaria de Saúde do município, e conta com parcerias do movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Quilombola, Coletivo de Saúde
no Campo, Escola do Governo em Saúde Pública de Pernambuco (ESPPE) e Escola
Nacional Florestan Fernandes (ENFF). A formação pretende consolidar a
compreensão dos processos de transformações sociais, comprometidos com a
qualidade de vida dessa população. A residência nessas comunidades será uma
forma de confrontar a desigualdade social, na atenção a saúde.
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