terça-feira, 12 de maio de 2015

Residência médica fortalece o atendimento na zona rural

Um evento de acolhimento foi realizado ontem à tarde (11) em Garanhuns, para recepcionar os 10 profissionais da primeira residência multiprofissional, do Brasil, em Saúde da Família com ênfase em Saúde da População do Campo. Os profissionais de saúde estão atuando desde a última quarta-feira (06), no sítio Estivas, nas especialidades de educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, medicina veterinária, nutrição, odontologia, psicologia, serviço social e terapia ocupacional.

Este programa em Garanhuns, que é o primeiro do Brasil nesta modalidade, visa superar a invisibilidade e negligência histórica da saúde da população do campo. No encontro foram apresentados, aos profissionais, a rede de atenção à saúde de Garanhuns, os serviços de saúde e como eles se articulam, como é a cobertura da Atenção Básica no município, como funcionam as articulações de rede e quais são os programa de saúde, existentes no município. A residência em Garanhuns irá, além de oportunizar uma qualificação profissional aos residentes, beneficiará a população rural do município, visto que essa é a parte da população que possuem um déficit maior na área da saúde.

A Unidade Básica de Saúde (UBS) do sítio Estivas, o qual está sendo beneficiado com os novos profissionais, atende mais de 700 famílias. Uma das coordenadoras da Atenção Básica, Fabíola Lins, fala sobre a residência. “Além de ser zona rural, onde o acesso aos serviços de saúde é mais difícil, ter profissionais trabalhando mais próximo dessa população, beneficiará na identificação das situações de saúde e irá potencializar, propor e implementar a resolução dos problemas de saúde. O programa é uma formação de pós-graduação para estes profissionais.

O programa é coordenado pela Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Garanhuns, em parceria com a Secretaria de Saúde do município, e conta com parcerias do movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Quilombola, Coletivo de Saúde no Campo, Escola do Governo em Saúde Pública de Pernambuco (ESPPE) e Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF). A formação pretende consolidar a compreensão dos processos de transformações sociais, comprometidos com a qualidade de vida dessa população. A residência nessas comunidades será uma forma de confrontar a desigualdade social, na atenção a saúde.

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