O
candidato a presidente Eduardo Campos (PSB) disse não ver problema em ter feito
campanha para sua mãe, Ana Arraes, ser eleita ministra do Tribunal de Contas da
União (TCU). "Ela disputou a eleição com vários deputados, foi a única
mulher que ganhou no voto e tem feito um trabalho que todos reconhecem como
digno e com méritos", disse nesta terça-feira em entrevista ao Jornal
Nacional. O presidenciável também defendeu o fim dos cargos vitalícios na
justiça (leia matéria vinculada).
Questionado
se teria dado um bom exemplo, usando seu empenho enquanto governador de
Pernambuco para eleger a mãe a um cargo público e vitalício, Eduardo disse não
ver "nada de errado" em sua postura. "Se fosse outra pessoa (do
meu partido) eu também teria apoiado", argumentou.
Eduardo
foi perguntado ainda sobre os primos de sua esposa Renata Campos, Marcos Loreto
e João Campos, que foram indicados para o Tribunal de Contas do Estado (TCE),
órgão responsável por fiscalizar as contas de seu governo em Pernambuco. O
candidato argumentou não ser um caso de nepotismo pois essas indicações são
feitas pela Assembleia Legislativa e não pelo Executivo. Afirmou também ter
sido o primeiro governador a aprovar uma lei antinepotismo.
O
pessebista, após essas questões, disse ser favorável a uma reforma
constitucional para acabar com cargos vitalícios na Justiça. "É coisa que
já existe em outros países de maneira a oxigenar os tribunais e evitar escolhas
pessoais." Eduardo lembrou que em breve devem ser abertas cinco vagas no
Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu que o governo trabalhe em parceria
com uma "espécie de comitê de busca" para encontrar quadros de
carreira qualificados para exercer as funções. (fonte: Jornal do Comércio)
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